Envelhecimento agora é doença – Quais os impactos dessa decisão?
Você já ouviu falar sobre CID?
A sigla significa Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Trata-se de um manual de doenças feito e administrado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e que tem várias funções. Uma delas é o reconhecimento público de que uma determinada condição exige tratamento médico. Regularmente, a OMS faz uma revisão nesse catálogo, excluindo e incluindo algumas doenças.
Até 1990, por exemplo, a homossexualidade era considerada doença e constava na listagem. Após essa data, foi devidamente excluída do catálogo.
Uma nova revisão está prevista para 2022 e já levantou diversas polêmicas. O motivo? A inclusão do envelhecimento como doença no catálogo.
A OMS alega que o envelhecimento serve para reconhecer que as pessoas podem morrer de velhice. Um exemplo recente foi a morte do Príncipe Philip, aos 99 anos. Em seu atestado de óbito, a causa mortis consta como “morte por idade avançada”.
Parece que essa inclusão faz todo o sentido, não é? Mas existem questões por detrás dessa decisão que estão sendo severamente questionadas.
Levando em conta que atualmente 33 milhões de pessoas são idosas (acima de 60 anos), significa que temos 33 milhões de pessoas doentes?
Toda pessoa que completar 60 nos já pode ser considerada uma pessoa doente?
Algumas pessoas alegam que essa decisão pode reforçar estereótipos negativos que tornam automática a associação entre velhice e adoecimento, uma vez que nem todo idoso é doente ou incapaz.
Essas questões também levantam um assunto que infelizmente é muito comum, o Etarismo.
O Etarismo delimita a participação ativa e produtiva das pessoas na sociedade, muitas vezes antes mesmo de a pessoa ter 60 anos, um exemplo é o mercado de trabalho que trata como “velhos” profissionais de 45 anos.
E você? O que achou dessa decisão? Deixe o seu comentário!
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